segunda-feira, 28 de setembro de 2009

ROSIDELMA FRAGA, PARABÉNS PELA SABEDORIA

Breve ensaio para a minha loucura
Sábio sempre foi Ulisses_
louco se fez e se perdeu.
Assim hoje me vejo:
perdida
apedrejada
dormente
demente.
Epifanicamente
oscilo entre éleos e catársis rasgada...
Exorcizo todo meu lirismo
E nada disso faz sentido
frente ao sentido da vida.
Há somente a presença do trágico e cômico
debruçado sobre meu riso de louca e disfarçada insensatez.
Eis novamente o vinho que comprei no bar da esquina
quando deparei com o sorriso de Cora Coralina
diante das mesmas pedras da vida, da cicatriz no rosto,
do abandono,
das rugas esmagadas do tempo.
O tempo é a minha plenitude diante da loucura
A loucura de minhas gargalhadas melancólicas
como um disfarce lírico incomensurável...
Viver...
Eis a questão.
ROSIDELMA FRAGA

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